quinta-feira, 8 de março de 2012

8 de março - Dia da Mulher

Sugestões para ajudar uma mulher
vítima de violência doméstica ou familiar

As atitudes abaixo, por mim, são as mais indicadas para ajudar uma mulher que sofre violência doméstica ou familiar:
  • Não menospreze a situação. Não diga “você mereceu”, nem “você gosta de apanhar”, muito menos “deixe de exagero”
  • Não considere quem agrediu mais vítima do que a vítima. Não há motivo algum para inocentar um agressor só porque a vítima do crime é uma mulher
  • Não faça piadas sobre o assunto. Não tem nada de engraçado em ser vítima de uma agressão. Fazer piada é um passo para diminuir a importância da agressão perante a opinião pública, facilitando a aceitação da violência e, conseqüentemente, a impunidade
  • Ajude a vítima a procurar um serviço de assistência jurídica e atendimento psicológico. Se for o caso, ajude-a a encontrar um novo local para morar. Se for possível, tente conseguir o apoio de familiares
  • Tenha paciência se a vítima tiver recaídas, ou perdoar quem a agrediu. Raramente a vítima se livra do agressor rapidamente. Lembre-se que foram gastos muitos anos para construir uma relação violenta e, além de nem sempre ser fácil romper esses laços, existe uma pressão social para que a vítima não atrapalhe a vida do agressor (como se ele não tivesse cometido um crime!)
  • Se puder, encaminhe o agressor para orientação psicológica, para que ele não repita a postura violenta com outras pessoas
  • Não compare situações. Se A ou B conseguiu reagir à agressão e sair da relação rapidamente, contar isso vai apenas fazer a vítima se sentir fraca e culpada, fragilizando-a ainda mais. Cada pessoa tem um ritmo diferente para reagir
  • Se a vítima quiser dar tratamento jurídico à violência, faça o possível para que ele ocorra de forma satisfatória. Procure orientação pelo 180 ou em serviços assistenciais de sua cidade. Exija o registro da ocorrência, não deixe policiais duvidarem da palavra da vítima ou tratá-la mal. Infelizmente, nem sempre autoridades policiais estão preparadas para atender casos tão delicados, e o desânimo ou descrédito na postura policial vai fragilizar a vítima ainda mais. Se ela não receber apoio, se sentirá injustiçada e tenderá a achar que não adianta o esforço de denunciar a agressão, colaborando para a impunidade do agressor
(Cynthia Semíramis)