quarta-feira, 29 de abril de 2009

MULHER INVISÍVEL

Dizem que a uma certa idade, nós as mulheres, nos fazemos invisíveis. Que nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens.
Eu não sei se me tornei invisível para o mundo. Pode ser, porém nunca fui tão consciente da minha existência como agora.
Nunca me senti tão protagonista da minha vida e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.
Descobri que não sou uma princesa de contos de fada. Descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte, com suas misérias e suas grandezas.
Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de enganar, de fazer coisas indevidas e de não responder as expectativas dos outros.
E apesar disso, gostar de mim.
Quando me olho no espelho e procuro quem fui, sorrio àquela que sou. Alegro-me do caminho andado. Assumo minhas contradições.
Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixá-la de lado porque agora me atrapalha. É bom viver sem ter tantas obrigações.
Que bom não sentir um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos.
(Desconheço a autora)

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