quarta-feira, 22 de julho de 2009

Namastê

A palavra Namasté é o cumprimento em sânscrito que literalmente significa “Curvo-me perante a ti”. É a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro. Expressa um grande sentimento de respeito. Invoca a percepção de que todos nós compartilhamos da mesma essência, da mesma energia, do mesmo Universo.

Namasté possui a força pacífica muito intensa. Em síntese é “Saúdo a você, de coração! ”E deve ser retribuído com o mesmo cumprimento.
O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em ti.
O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti.
O Espírito em mim reconhece o mesmo Espírito em você.
A minha essência saúda a sua essência.

Conhecido pelos budistas como Anjali Mudra, consiste no simples ato de pressionar as palmas das mãos ante o coração e os dedos apontando para cima, no centro do peito. Inclina-se levemente a cabeça sem ser acompanhado de palavras. Frequentemente fecha-se os olhos, para então curvar a coluna, em sinal de respeito à divindade que preenche todos os espaços do Universo. A coluna retorna à posição ereta mais lentamente do que quando abaixou, também simbolizando respeito à outra pessoa. Os cinco dedos da mão esquerda representam os cinco órgãos da razão. Significa então que mente e coração devem estar em harmonia, para que nosso pensar e agir estejam de acordo com a verdade.


Também é um reconhecimento da dualidade que existe no mundo, simbolizando a união das polaridades, esquerda direita, bem e mal e sugere um esforço de nossa parte para manter essas duas forças unidas em equilíbrio.
Dez dedos unidos no Namasté. O número dez é símbolo da perfeição, da unidade, do equilíbrio perfeito. Os dez Mandamentos. As dez emanações da Árvore da Vida. Os dez vértices da estrela de Pitágoras. A Parábola dos Dez talentos (Mt.25).
Toda a criatura é um reflexo dos dez atributos divinos: Apego, Bondade, Conhecimento, Entendimento, Esplendor, Harmonia, Perseverança, Realeza, Sabedoria, Severidade.
Namasté trás o Sagrado para dentro de cada ser humano, afirmando que Deus não está no céu, num templo ou mesmo na natureza. Deus está em tudo, em cada um de nós. E qualquer dissociação da imagem do divino da nossa é inútil. Ao fazer namasté, afirmamos que todos somos filhos e partes do sagrado, indissociáveis e iguais.

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